Morreu a professora e advogada Guiomar Reis Loureiro

data-filename="retriever" style="width: 100%;">Fotos: Arquivo pessoal

A professora e advogada Guiomar Reis Loureiro, filha de Luis Reis e Marcolina Reis, falecidos, nasceu em Santa Maria. Ela teve uma única irmã, a Wanda. Aos 17 anos, ela se casou com Carlos Gomes Loureiro, falecido, com quem teve nove filhos, Arize, Aidée, Luis Antônio, Suzana, Maria Cristina, Lizete Maria, Nelson, Carla e Daniel, além de uma filha adotiva, a Eny. Teve, ainda, 23 netos e 24 bisnetos. 

Guiomar viveu em Santa Maria até 1964, quando se mudou com a família para Porto Alegre. Na Capital, formou-se nos cursos de Letras e Direito pela Pontifícia Universidade Católica (PUC). No coração do Rio Grande, lecionou espanhol no Colégio Centenário, e português e espanhol no Colégio Estadual Manuel Ribas. No Ensino Superior, foi professora de linguística na Faculdade Imaculada Conceição (FIC).  data-filename="retriever" style="width: 100%;">Arize comenta que ela tinha paixão pelo ensino. 

 - Ela adorava a arte de ensinar. A literatura foi a sua companhia desde menina, e autores e poetas preenchiam suas horas de lazer - lembra Arize. 

O jornalista e professor Marques Leonan Borges da Cunha, um de seus alunos, lembra que Guiomar era atenciosa com todos: 

- Não dá para imaginar a hipótese de que alguém a tenha esquecido. Ela era ativa, carinhosa, lúcida, atenta e com uma memória incomparável, sem contar que, mesmo quase centenária, doava uma atenção prioritária ao seu interlocutor, fosse ele quem fosse -  diz o ex-aluno.  data-filename="retriever" style="width: 100%;">Guiomar trabalhou no Conselho Estadual de Educação por vários anos, e encerrou a carreira na Casa Civil. Como advogada, atuou na vara da família até os 80 anos. A santa-mariense gostava de reunir filhos e amigos para os chás das quartas-feiras em sua casa. Nas festas de família, bailava leve pela sala de dança. Arize diz, ainda, que a mãe foi uma pessoa marcante para todos.

- Deixou um rastro de saudade, reconhecimento e ternura, na família, nos amigos, nos alunos, e em quem teve contato com sua trajetória de vida, porque foi plena em todos os desafios que a vida lhe impôs - comenta.

Wilson Aita, um de seus colegas, a definiu de forma bastante simples:

- A Guiomar é amor. Isso se concretiza por algo que ela sempre repetia: "quem não ama demais, não ama o bastante" - conta Wilson.

Guiomar Reis Loureiro morreu, em 31 de julho de 2020, em decorrência de uma septicemia. Ela foi sepultada no dia seguinte, no Cemitério da Santa Casa de Porto Alegre.